quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Preconceito em suas diversas formas

Dentre os variados termos superpostos que envolvem avaliações negativas a um determinado grupo, encontramos: Preconceito, Estereotipagem, Discriminação, Racismo e Sexismo. A essência do preconceito é um prejulgamento negativo de um grupo e seus membros individuais. O preconceito é uma atitude, nos predispõe contra uma pessoa com base apenas no fato de identificarmos a pessoa a um grupo determinado. Assim, podemos afirmar que a atitude apresenta três componentes essenciais. São eles: afeto (sentimentos), as tendências comportamentais (inclinações para agir) e a cognição (convicções). Já Estereotipar é generalizar, para simplificar o mundo, generalizamos o tempo todo.O problema com os estereótipos surge quando eles são supergeneralizados ou completamente errados.
O Preconceito é uma atitude negativa; a discriminação é um comportamento negativo. O comportamento discriminatório muitas vezes, mas nem sempre, tem sua fonte em atitudes preconceituosas. (Dovidio & outros, 1996). As atitudes preconceituosas não precisam gerar atos hostis, nem toda opressão deriva do preconceito. Racismo e Sexismo são práticas institucionais que discriminam, mesmo quando não há intenção preconceituosa.
No contexto mundial, as raças são minoria. Os brancos não-hispânicos, por exemplo, constituem apenas um quinto da população mundial e serão apenas um oitavo dentro de mais meio século. Graças a mobilidade e à migração durante os últimos dois séculos, as raças do mundo estão agora se misturando, em relações que são às vezes hostis, às vezes amigáveis.
Para um biólogo molecular, a cor da pele é uma característica humana bastante trivial, controlada por uma diferença genética mínima entre raças. Além disso, a natureza não agrupa raças em categorias definidas com precisão absoluta, somos nós, e não a natureza. Em 1942, a maioria dos americanos concordava em que “deve haver lugares separados para os negros em bondes e ônibus” (Hyman & Sheatsley, 1956). Hoje, a questão pareceria surreal, porque esse preconceito tão clamoroso praticamente desapareceu. Ainda em 1942, menos de um terço de todos os brancos (apenas 1 em 50 no Sul) apoiava a integração nas escolas; por volta de 1980, o apoio era de 90 por cento. Considerando a ínfima parcela de história coberta pelos anos desde 1942, ou desde que a escravidão foi praticada, mudanças são importantes. As atitudes afro-americanas também mudaram desde a década de 1940, quando Kenneth Clark e Mamie Clark (1947) demonstraram que muitos tinham preconceitos contra os negros. Ao tomar, em 1954, a decisão histórica de declarar que as escolas segregadas eram inconstitucionais, a Suprema Corte dos Estados Unidos sustentou que valia a pena destacar que quando os Clarks ofereceram a crianças afro-americanas uma opção entre bonecas brancas e negras, a maioria escolheu as brancas. Estudos realizados entre as décadas de 1950 e 1970, constatou-se que era cada vez mais provável que crianças negras preferissem bonecas negras. E negros adultos passaram a considerar negros e brancos similares em características como inteligência, preguiça e confiança.
Nos Estados Unidos, o preconceito aparece entre as 8.433 pessoas envolvidas em incidentes de crimes de ódio registrados durante o ano de 1995 (FBI, 1997) e entre a pequena proporção de brancos que desdenham abertamente os negros. Essas pessoas ajudam a explicar por que a metade dos afro-americanos se percebe como tendo enfrentado a discriminação nos últimos 30 dias: 3 em 10 ao fazerem compras e 2 em 10 ao comerem fora ou ainda no trabalho (Gallup, 1997). Além disso, a maioria dos americanos acha que a “a crescente diversidade que os imigrantes trouxeram para este país... ameaça acima de tudo a cultura americana” (Moore, 1993).
Os psicólogos por fim, enfatizam que os termos branco e negro são rótulos raciais socialmente aplicados, e não rótulos de cor literais empregados para diferenciar pessoas de origem africana e européia.

Fonte:Linda L. Davidoff,Makron books do Brasil Editora Ltda.,Editora McGraw-Hill Ltda.,São Paulo,1983

Psicologias, uma introdução ao estudo da psicologia, Ana Bock, Odair furtado ,Maria de Lourdes Trassi Teixeira, são paulo 13. ed saraiva, 2002

http://www.ieg.ufsc.br/admin/downloads/artigos/11112009-012704continssantana.pdf

Introdução a psicologia geral. David Myers 5° edição Editora L.T.C
1999 Rio de janeiro

Genética Humana problemas e abordagens F. vogel A.G Motulsky 3° ediçao
Guanabara Koogan S.A rio de janeiro/ 2000

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